Procon descarta existência de cartel entre postos de combustíveis da Capital
Preço do etanol já caiu 40% nas usinas, redução não chegou ao consumidor

Mesmo com a alta de combustíveis ocorrida nos últimos meses e a variação de preços, o Procon descarta a possibilidade de existir cartel entre os postos da Capital.
Para o superintendente do órgão, Lamartine Ribeiro, não há necessidade de investigar com mais seriedade, porque na última pesquisa feita, no dia 26 de abril, dos preços de combustíveis em Campo Grande, a variação constatada foi de apenas 13,6%.
“A partir dessa variação, entendemos que não existe cartel. De qualquer forma como é uma questão coletiva, se houvesse algum indício, seria com o Ministério Público do Consumidor, para abrir inquérito”, explica.
O MPE (Ministério Público Estadual) afirma que não há nenhum inquérito em andamento para investigar a existência de cartel em Campo Grande. O último, que apontou a prática teve a decisão há dois anos.
Redução - o início da safra da cana-de-açúcar já acarretou queda significativa nos preços do etanol, que já ficou 40% mais barato nas usinas, segundo balanço da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar). Porém para os consumidores, apenas uma pequena parte dessa redução foi repassada, de 4%.
Segundo a última pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), referente ao período dos dias 01 a 07 de maio, o litro da gasolina era encontrado na Capital, na média de R$ 2,89 e o álcool, a R$ 2,38.
De acordo com a Unica foram processadas até o final de abril, 23,69 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, desse total, 64,6% foram destinados à produção de etanol. Percentualmente, mais do que os 59% destinados à produção do biocombustível no mesmo período da safra anterior.