Salário cai na conta e trabalhadores voltam a coletar lixo e varrer ruas
Solurb depositou R$4,9 milhões para pagamento de coletores
Após a liberação de R$ 4,9 milhões para pagamento de salários e benefícios e a proibição da Justiça para continuação da greve, funcionários da CG Solurb, que fazem a coleta de lixo e limpeza de ruas de Campo Grande, retomarão as atividades ainda na noite desta sexta-feira (7).
De acordo com o presidente do Steac (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de MS), Wilson Gomes da Costa, os funcionários já retornaram com plenitude ao trabalho no turno das 19h. “O salário começou a cair por volta das 17h, então o pessoal da noite trabalhou normalmente”, explicou.
Na tarde de ontem, o desembargador Nicanor de Araújo Lima, vice-presidente do TRT, deferiu a liminar requerida nesta tarde pela Solurb quanto à ilegalidade do movimento. Na decisão, determinou que o valor de R$ 4.935.592,64, que estava depositado na Caixa Econômica Federal e vinculado a processo movido pelo Steac (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de MS), fosse imediatamente transferido para conta bancária da concessionária.
Em nota, a Solurb informou que os salários dos funcionários que trabalham na coleta de lixo, varrição de ruas e no aterro sanitário de Campo Grande, já estavam sendo depositados.
“Apesar de entendermos que o contratempo não pode ser atribuído à concessionária, nos desculpamos e reafirmamos o nosso compromisso de prestar serviços com qualidade a toda a população de Campo Grande”, diz a nota.
Acúmulo de lixo nos bairros - Em um período de 8 horas, a partir do início da greve dos empregados da Solurb, era perceptível o impacto negativo em algumas regiões de Campo Grande na tarde desta sexta.
No Bairro Coophamat, região onde estava prevista a coleta de material reciclável no período da manhã, muitos moradores foram pegos de surpresa.
A pizzaiola Geise Cristina Jacometo, 38, não sabia que a coleta reciclável estava interrompida e colocou material em frente de casa. "Deu o maior trabalho separar todo o lixo reciclável, e ainda já veio cachorro ou alguém e bagunçou tudo", observou.
Desavisados, muitos moradores colocaram lixo orgânico para fora de casa.
