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Capital

Servidores do HR "lavam" entrada de hospital para exterminar corrupção

Jéssica Benitez e Aliny Mary Dias | 04/07/2013 08:48
Servidores lavaram entrada da unidade na manhã de hoje (Foto: Marcos Ermínio)
Servidores lavaram entrada da unidade na manhã de hoje (Foto: Marcos Ermínio)

Pouco mais de 30 servidores do Hospital Regional Rosa Pedrossian limparam a entrada principal da unidade munidos de sabão em pó e vassouras em alusão à dispensa do diretor-presidente do HR, Ronaldo Perches Queiroz, ocorrida na última terça-feira. O ato é uma "forma simbólica de exterminar qualquer resquício de corrupção na direção do hospital", diz o presidente do SINTSS/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul), Alexandre Costa.

Ele relatou que funcionários já haviam solicitado a mobilização devido a inúmeras queixas sobre a forma que Ronaldo vinha comandando o HR. Segundo ele, o ex-diretor "gastou milhões de reais na contratação da empresa SPDM (Sociedade Paulista Para Residência em Medicina) para consultoria administrativa", o que despertou suspeitas.

“Ele gastou milhões para instituir política no hospital um sistema que não funciona, que nunca funcionou. Ele quis privatizar o hospital”, disse portando faixa com a frase: Por um SUS (Sistema Único de Saúde) 100% público. “Estamos limpando para não restar nem o cheiro da administração passada”, enfatizou.

Na avaliação do coordenador do Conselho Local de Saúde do Servidor do HR, Ivonei Macedo, acredita que o problema principal é a falta de valorização dos servidores que trabalham por salários baixos, além da diferenciação no pagamento para pessoas que têm o mesmo cargo.

“Essa era uma atitude da diretoria do Ronaldo”, opinou. Macedo também ressaltou que o setor administrativo não tem banheiro há mais de dois anos. “Não aceitamos mais essa política”, finalizou.

Afastamento – Ronaldo pediu dispensa do cargo depois que gravações da operação “Sangue Frio”, divulgadas na última segunda-feira, indicam que Queiroz planejava manobra na tentativa de que aceleradores lineares (usados no tratamento contra o câncer), disponibilizados pelo Ministério da Saúde, fossem enviados ao Hospital do Câncer, administrado na época pelo médico Adalberto Siufi.

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