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Cidades

Da Capital a Corumbá, rodovia exige atenção e fiscalização é falha

Aliny Mary Dias, enviada especial a Corumbá | 01/05/2014 15:47
Animais mortos são comuns em trecho de Miranda a Corumbá (Foto: Cleber Gellio)
Animais mortos são comuns em trecho de Miranda a Corumbá (Foto: Cleber Gellio)

Destino certo de muitos sul-mato-grossenses e alternativa de cultura para moradores de outras regiões do país, o Festival América do Sul movimenta Corumbá até o próximo domingo (5). Para quem sai de Campo Grande e percorre o trecho de carro, a BR-262 exige bastante atenção e deixa a desejar quando o assunto é a fiscalização policial.

Da Capital até a cidade branca são 444 quilômetros repletos de radares que aumentam o tempo da viagem em comparação com anos anteriores. Com a chuva forte que cai em parte do Estado nesta quinta-feira (1º) e com velocidade máxima de 100 km/h, a viagem é concluída em 5 horas.

Após a cidade de Terenos, distante 25 quilômetros da Capital, o motorista se depara com o primeiro posto de fiscalização da PRF (Polícia Rodoviária Federal), mas o ponto não é motivo de preocupação para os condutores, já que encontrar agentes na base não é cena comum ao longa da rodovia.

Apesar da Operação Dia do Trabalho da corporação, durante todo o percurso o Campo Grande News, que passou por mais dois postos da PRF, não encontrou nenhuma equipe de policiais averiguando a situação dos motoristas ou fiscalizando veículos. O Festival América do Sul, inclusive, é citado pela corporação como um dos focos da operação.

Vários radares tentam diminuir a velocidade dos condutores  (Foto: Cleber Gellio)
Vários radares tentam diminuir a velocidade dos condutores (Foto: Cleber Gellio)
Nos três postos da PRF durante o percurso, não há policiais fiscalizando motoristas (Foto: Cleber Gellio)
Nos três postos da PRF durante o percurso, não há policiais fiscalizando motoristas (Foto: Cleber Gellio)

Mesmo com a forte chuva de hoje, o trajeto é tranquilo e não há grandes problemas na BR-262 pelo menos até Miranda. Quando o motorista chega aos 300 quilômetros rodados as situações que exigem mais atenção aparecem. A 100 quilômetros de Corumbá, a rodovia tem bastante buracos, trechos sem acostamento e muitos animais na pista.

A presença dos bichos silvestres, inclusive, é uma das explicações para a grande quantidade de radares durante o trecho. São mais de 20 equipamentos que multam condutores que avançam os 80 km/h permitidos.

Mesmo com os equipamentos, muitos condutores, alguns movidos pela pressa e outros pela falta de sorte, acabam atropelando e matando os animais. Pelo menos um quati, um tamanduá mirim e até um jacaré foram encontrados pela reportagem mortos vítimas de atropelamento.

Para chegar até Corumbá depois de percorrer os mais de 400 quilômetros o motorista ainda precisa desembolsar R$ 8,10, para veículos de passeio, referente ao Pedágio Morrinho. Sem passar por fiscalização e com atenção redobrada para os obstáculos do caminho, o turista chega a cidade branca e se depara com a beleza do Pantanal e dos casarões históricos que só podem ser apreciados em uma cidade do Estado.

Tamanduá mirim morto na rodovia é cena comum (Foto: Cleber Gellio)
Tamanduá mirim morto na rodovia é cena comum (Foto: Cleber Gellio)
Buracos são perigo para motoristas na BR-262 (Foto: Cleber Gellio)
Buracos são perigo para motoristas na BR-262 (Foto: Cleber Gellio)
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