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Cidades

Paralisação de médicos chega ao sexto dia sem sinal de acordo

Gabriel Neris | 15/10/2012 17:31
Representantes de entidades médicas, Sinmed-MS, CRM-MS e AMMS optaram em cruzar os braços até a próxima quarta-feira (Foto: Rodrigo Pazinato)
Representantes de entidades médicas, Sinmed-MS, CRM-MS e AMMS optaram em cruzar os braços até a próxima quarta-feira (Foto: Rodrigo Pazinato)

A dois dias de encerrar o período de paralisação contra o atendimento aos planos de saúde, os médicos de Mato Grosso do Sul ainda não obtiveram nenhuma resposta das operadoras de saúde.

A paralisação nacional teve início no dia 10 de outubro e vai até dia 25 deste mês. Em Mato Grosso do Sul, ficou definido que os braços cruzam os braços até a próxima quarta-feira (17).

O tempo estipulado de mobilização, em Mato Grosso do Sul, foi decidido através de assembleia entre o Sinmed-MS (Sindicatos dos Médicos), CRM-MS (Conselho Regional de Medicina), e AMMS (Associação dos Médicos).

Dados levantados pelas entidades médicas mostram que de 2003 a 2011, o reajuste da mensalidade dos planos foi em torno de 200%. “E nós médicos recebemos em torno de 60%. São 140% a menos, pagos pelos clientes dentro das operadoras”, disse Alberto Cubel Júnior, vice-presidente do CRM-MS, em entrevista coletiva no último dia 10.

Entre as tentativas de negociação, as operadoras reclamam da respostas das operadoras. Elas afirmam que os planos não têm condições de dar reajuste. O último reajuste que os médicos de planos de saúde receberam foi ano passado. Quando o repasse da consulta, em média, foi de R$ 45 para R$ 60.

Para o presidente do Sindicato dos Médicos, Marco Antônio Leite, o que o movimento está pedindo é a consulta paga em cima da tabela nacional e mais 20%. Com isso, o valor chegaria a R$ 80.

As entidades médicas encaminharam carta aberta às operadoras de saúde pedindo reajuste dos honorários de consultas e outros procedimentos, tendo como referência a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos); inserção nos contratos de critério de reajuste, com índices definidos e periodicidade, por meio de negociação coletiva; inserção nos contratos de critérios de descredenciamento; resposta da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), por meio de normativa, à proposta de contratualização, encaminhada pelas entidades médicas; e o fim da intervenção antiética na autonomia da relação médico-paciente.

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