Comércio diz que aumento no transporte coletivo causará demissões
Entidade diz que impacto de nova tarifa coloca em risco postos de trabalho

Em nota pública divulgada nesta sexta-feira (27), a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) manifesta indignação com o reajuste concedido na tarifa do transporte público em Campo Grande. A entidade, representativa de 4,5 mil comerciantes, afirma que o aumento anunciando impactará diretamente nos custos dos empresários e trabalhadores, “podendo ser fator determinante para a diminuição dos postos de trabalho, com possíveis demissões”.
Decreto publicado hoje estabelece que o valor para a tarifa dos ônibus convencionais será de 4,10 a partir de sábado (28). Em comparação ao preço de hoje, são quinze centavos a mais.
Para a enteidade, é um impacto imporante para o setor, considerando a média salarial de um trabalhador do comércio, em Campo Grande, em torno de R$ 1,2 mil. “Com o aumento, o valor gasto com a passagem será de aproximadamente 20% do salário, inviabilizando a manutenção de alguns postos de trabalho, principalmente nos pequenos negócios”, continua a nota.
Na visão da Câmara, a mudança no preço do transporte coletivo vai na contramão do incentivo à utilização do transporte público coletivo. “Com as obras de revitalização, o deslocamento dos consumidores, especialmente para a região central, foi negativamente impactado e hoje necessita de ações urgentes que atraiam as pessoas e as incentivem a utilizá-lo”, argumenta o texto.
Por fim, a CDL “clama ao poder executivo e legislativo da Capital, prefeito e vereadores”, defendendo que sejam buscadas maneiras de evitar o aumentar do valor da passagem, afinal o serviço público não tem finalidade de dar lucro, “mas sim de bem atender a população, coisa que não ocorre nos dias de hoje, em Campo Grande”.