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Educação e Tecnologia

Usado em 13 milhões de computadores, Windows 10 será aposentado

Plataforma operacional mais popular do mundo não receberá novas atualizações da companhia

Por Gustavo Bonotto | 12/10/2025 18:10
Usado em 13 milhões de computadores, Windows 10 será aposentado
Fachada da Microsoft, na Califórnia. (Foto: ShU Studio/Shutterstock)

A partir de terça-feira (14), a Microsoft encerra oficialmente o suporte ao Windows 10, o sistema operacional mais usado da empresa. A medida encerra o envio de atualizações de segurança e desempenho, deixando milhões de computadores vulneráveis a ataques cibernéticos. A decisão atinge tanto usuários domésticos quanto empresas, que terão de migrar para o Windows 11 ou buscar alternativas seguras.

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A Microsoft encerra oficialmente o suporte ao Windows 10 nesta terça-feira (14), interrompendo as atualizações de segurança e desempenho. No Brasil, aproximadamente 13 milhões de computadores corporativos ainda utilizam o sistema, enquanto globalmente 646 milhões de máquinas permanecem com a versão 10. Para continuar recebendo atualizações, usuários podem aderir ao plano ESU até 2026, pagando US$ 30 anuais (doméstico) ou US$ 61 (corporativo). Alternativamente, podem migrar para o Windows 11, embora 43% dos computadores corporativos mundiais não atendam aos requisitos mínimos do novo sistema.

Na América Latina, cerca de 62 milhões de computadores não atendem aos requisitos mínimos do novo sistema, segundo a Intel. No Brasil, estima-se que 13 milhões de máquinas em uso corporativo ainda operem com o Windows 10. “Sem atualizações, há risco de vazamento de dados e prejuízo à reputação das empresas”, alerta Georgia Rivellino, diretora da Simpress, que projeta aumento de 30% na demanda por novos equipamentos em 2025.

O fim do suporte deixa o sistema sem correções de vulnerabilidades, o que amplia a exposição a hackers e malwares. Alexandre Bonatti, vice-presidente da Fortinet Brasil, afirma que manter o sistema desatualizado pode gerar perdas financeiras e comprometer negócios. Como solução temporária, empresas podem recorrer ao virtual patching, tecnologia que cria uma camada de proteção extra sem depender das atualizações da Microsoft.

Um levantamento da Lansweeper indica que 43% dos computadores corporativos do mundo não cumprem os requisitos do Windows 11, como a exigência do chip de segurança TPM 2.0 (Trusted Platform Module 2.0). Para reduzir o impacto, a Microsoft oferece o plano pago ESU (Extended Security Updates), com atualizações estendidas até outubro de 2026. O serviço custa US$ 30 anuais para usuários domésticos e US$ 61 por dispositivo corporativo, podendo ser renovado por até três anos.

A política foi criticada por entidades de defesa do consumidor, como a Consumer Reports, que pediu a prorrogação gratuita do suporte. A organização argumenta que 46,2% dos usuários do Windows no mundo ainda usam a versão 10 — o equivalente a 646 milhões de computadores. “É contraditório afirmar que o Windows 11 é mais seguro e deixar milhões vulneráveis”, diz a nota da entidade.

Apesar das críticas, a Microsoft mantém o cronograma e aposta na migração ao Windows 11 e em novos recursos de inteligência artificial integrados ao sistema. Especialistas recomendam que os usuários verifiquem a compatibilidade de seus equipamentos em Configurações → Atualização do Windows. Quem não puder migrar deve considerar o uso de sistemas alternativos, como Linux Mint ou ChromeOS Flex, e manter antivírus e backups atualizados para reduzir riscos.

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