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Esportes

Extracampo operariano importa hábito dos EUA e faz a festa da criançada

Paulo Nonato de Souza | 05/03/2017 17:17
A área ao lado do vestiário do time visitante no Estádio Morenão virou um parque de diversão (Foto: Marcos Ermínio)
A área ao lado do vestiário do time visitante no Estádio Morenão virou um parque de diversão (Foto: Marcos Ermínio)

Em ritmo de festa, muita empolgação e alegria contagiante. Pelo menos para a criançada assim foi o “extracampo” no jogo de estreia do Operário de Campo Grande na Copa Verde 2017, contra o Luziânia, do Distrito Federal, que terminou com o empate em 1 a 1, neste domingo, 05, no Estádio Morenão, e obriga o time campo-grandense a vencer a partida de volta no dia 19 deste mês na cidade de Luziânia, no Estado de Goiás, para seguir adiante na competição.

No “extracampo”, uma espécie de Tailgating, tradição nos eventos esportivos americanos, só que na versão brasileira/sul-mato-grossense, desde o início da tarde centenas de crianças ocuparam o espaço dedicado a elas no lado externo do setor de arquibancada coberta do Morenão. E tudo isso ao som da bateria da Escola de Samba Vila Carvalho.

Nos Estados Unidos, os torcedores, em sua grande maioria adultos, chegam cedo e acampam na área de estacionamento do estádio, abrem os porta-malas dos carros, colocam o som alto, esticam suas bandeiras e preparam um belo churrasco.

O brinquedo de chutes à gol foi um dos mais procurados pelas crianças (Foto: Marcos Ermínio)
O brinquedo de chutes à gol foi um dos mais procurados pelas crianças (Foto: Marcos Ermínio)

Já o “extracampo” do Operário é focado nas crianças. Além do foodtruck, que serve lanches para todo tipo de público, tem um verdadeiro parque de diversão cedido pela Fundesporte (Fundação Estadual de Esporte e Lazer), armado no estacionamento ao lado do vestiário do clube visitante, no setor de arquibancada coberta do estádio, com brinquedos pula-pula, corrida de saco, pula corda e escorregador.

“Agora, quando o Operário jogar no Estádio Morenão será sempre assim. Não vamos pensar apenas na preparação dos jogadores e no jogo dentro de campo, mas também em tudo que um jogo de futebol pode proporcionar para o seu torcedor fora de campo”, disse o gestor de marketing do Operário, Orlando Arnoud, que foi quem teve a iniciativa de desenvolver a ideia em dias de jogos do time campo-grandense.

Na opinião da professora Maria do Carmo Machado, 31 anos, moradora no bairro Aero Rancho, a ideia é boa e por isso torce para que se torne uma tradição também em Campo Grande. “Gosto de futebol e tenho dois filhos pequenos. Assim eles se divertem e eu também. Da próxima vez eles vão querer vir e encontrar esse espaço para brincar”, disse ela.

Embora diferentes na infraestrutura, o “Tailgating” americano e o “Extracampo” operariano têm o mesmo objetivo, a confraternização, disse Orlando Arnoud.

“A maior diferença entre o que eles fazem nos Estados Unidos e o que estamos começando a fazer em Campo Grande é que lá eles visam lucro, basicamente lucro, e aqui a ação do Operário não tem esse objetivo. O que nós queremos é que os campo-grandenses redescubram o Morenão e venham com suas famílias para os nossos eventos”, comentou o gestor de marketing operariano.

Segundo ele, o mais impressionante é observar as crianças se divertindo, muitas delas com a camisa do Operário, um detalhe importante que o faz apostar no surgimento de uma nova geração de torcedores do clube.

“Estamos fazendo o básico do básico. Não há nada de extraordinário, e essa alegria que se observa na criançada brincando mostra o quanto é fácil fazer futebol em Campo Grande, basta que mais pessoas acreditem e comecem a participar”, ressaltou.

Extratégicamente armado na área do parquinho, na hora da fome tem o lanche no foodtruck (Foto: Marcos Ermínio)
Extratégicamente armado na área do parquinho, na hora da fome tem o lanche no foodtruck (Foto: Marcos Ermínio)
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