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Política

A cinco meses das eleições, partidos usam brecha e antecipam campanha

Kleber Clajus | 27/02/2018 08:51
No sentido horário os pré-candidatos, conforme seus partidos, Reinaldo Azambuja (PSDB),
André Puccinelli (MDB), Humberto Amaducci (PT)
e Odilon de Oliveira (PDT) (Fotos: Marcos Ermínio/Campo Grande News e Adriano Moretto/Dourados News)
No sentido horário os pré-candidatos, conforme seus partidos, Reinaldo Azambuja (PSDB), André Puccinelli (MDB), Humberto Amaducci (PT) e Odilon de Oliveira (PDT) (Fotos: Marcos Ermínio/Campo Grande News e Adriano Moretto/Dourados News)

A campanha eleitoral começou em Mato Grosso do Sul, com o detalhe de não ser permitido pedir votos explicitamente. Reuniões partidárias, entrevistas e núcleos de base poderiam ser considerados campanha antecipada, não fossem as mudanças na legislação que permitiram aos pré-candidatos estruturar-se mais de cinco meses antes do período de propaganda. O próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ainda define limites a serem aplicados nesse ano.

Na avaliação dos ex-juízes eleitorais André Borges e Ary Raghiant, a princípio não haveriam irregularidades nos encontros políticos dos partidos de Reinaldo Azambuja (PSDB), André Puccinelli (MDB), Odilon de Oliveira (PDT) e Humberto Amaducci (PT). Contudo, regras são necessárias no período que precede a propaganda eleitoral que se inicia em 15 de agosto.

Entre itens permitidos pela Lei das Eleições (Lei Federal 9504/97) estão menção à pretensa candidatura, exaltação de qualidades pessoais, participação em debates e apresentação de projetos políticos no rádio, televisão e internet, realização de encontros e debates, além de distribuição de material informativo e campanha de arrecadação prévia de recursos.

"Vejo como positiva essa maior liberdade ao pré-candidato para que a população conheça o que ele pensa, enquanto ainda não é um produto de estúdio. O fato de pedir ou não votos explicitamente fica muito aberto e o TSE se debruça sobre casos concretos para determinar os limites da pré-campanha", ressaltou Raghiant.

Brecha - Entre as lideranças políticas, na prática, o pré-candidato acabou ganhando tempo para se apresentar, estimular a participação dos filiados com propostas e conhecer o próprio eleitorado. Com exceção de Azambuja, que começa oficialmente as conversas políticas nos municípios em 10 de março, os demais tem circulado pelo Estado desde o ano passado. 

"A nova legislação prevê essa brecha para se colocar como pré-candidato. Faremos fóruns regionais para dizer que o Mato Grosso do Sul dá certo, colher informações do que melhorar, saber onde erramos e podemos avançar mais. Algumas coisas tiveram que mudar no curso do mandato", disse o presidente regional do PSDB e deputado estadual, Beto Pereira.

Odilon de Oliveira frisou que todos os atos, que incluem instalação de núcleos de base com pessoas cadastradas no interior e Capital, seguem os preceitos da lei. "O povo me conhecia antes como juiz e agora estou me apresentando como pré-candidato", justificou. 

Para o senador e vice-presidente do MDB, Waldemir Moka, há distribuição de formulários nas oito reuniões programadas pelo partido até abril. Os dados devem compor o programa de governo do pré-candidato e ex-governador André Puccinelli, que desde o ano passado circula pelo interior. "Estamos colhendo a expectativa da população. Isso é permitido".

João Grandão, líder do PT na Assembleia Legislativa, comentou também que Humberto Amaducci, ex-prefeito de Mundo Novo, percorreu desde o início do ano 30 municípios do Estado para elaborar suas propostas, que deve resgatar conceitos históricos da sigla.

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