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Política

Após ganhar Giroto e Cruz, PR admite possibilidade de disputar o governo

Zemil Rocha | 07/10/2013 19:33
Londres admite que o PR pode lançar candidato a governador em 2014 (Foto: Cleber Gellio)
Londres admite que o PR pode lançar candidato a governador em 2014 (Foto: Cleber Gellio)

O Partido da República (PR) também se coloca como possível opção para disputar o governo do Estado em 2014. “Por que o PR não ter o seu nome?”, indagou o presidente regional do PR, deputado Londres Machado, esta tarde, ao ser questionado sobre candidatura própria à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), ao ponderar que a eleição do ano que vem poderá ter “quatro ou cinco candidatos”.

A possibilidade aventada por Londres, durante o ato político que confirmou a filiação ao PR do secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e do ex-deputado federal Antônio Cruz e seu filho, Augusto Cruz, surgiu, porém, em meio a considerações de que Giroto deve mesmo é ser candidato à reeleição como deputado federal, cargo do qual está licenciado. “Ele é o nosso 2222”, apontou o deputado Paulo Corrêa (PR), durante a reunião de anúncio das filiações, lembrando que este foi o número com o qual Giroto foi eleito como o mais votado para a Câmara Federal em 2010, quando ainda estava no PR.

Embora já tenha declarado várias vezes sua intenção de voltar à Câmara Federal, no final do mandato de Puccinelli, Giroto não descartou a possibilidade de ser candidato a governador pelo PR. “Eu sigo orientação do meu presidente (Londres Machado). Se ele entender que temos de ter candidato ao governo, nós teremos”, afirmou.

Hoje, segundo Giroto, estão definidas as candidaturas de Delcídio do Amaral (PT) e Nelsinho Trad (PMDB) ao governo estadual. “Mas nada impede outras candidaturas. O PR se comportará com equilíbrio e no momento certo vai usar seus filiados para cumprir sua missão”, apontou o secretário. “Em política não tem regra definitiva”, acrescentou.

Questionado se ele próprio não poderia ser o candidato a governador do PR, Londres evitou uma resposta direta. “Minha única ambição é ter um grande resultado para o PR em 2014, especialmente na eleição para deputado federal, que é muito importante para nós”, respondeu o presidente do PR. Deputado estadual há 8 anos, o republicano não confirmou nem mesmo se será candidato à reeleição: “Depende de muita coisa acontecer”.

Pragmático, Londres observou que ter um candidato a governador também demonstra a força partidária e põe a legenda em melhores condições para discutir possível apoio ao PT ou PMDB. Segundo ele, tudo depende das negociações com outros partidos. “O que o partido não pode é negociar de cócoras, de joelhos”, destacou.

Seja qual for o rumo do PR, seu presidente regional garante que será decidido coletivamente, com a presidente dos dirigentes estaduais e municipais, dos prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e outras lideranças.

Juros do PMDB – O presidente regional do PR, deputado Londres Machado, garantiu nesta segunda-feira que seu partido não vai cobrar “juros” do PMDB pelo “empréstimo” de Edson Giroto para disputar a Prefeitura de Campo Grande no ano passado.

“Sempre fiquei incomodado com a ida do Giroto para o PMDB. Sempre cobrei do governador a volta do Giroto, mas em política não tem cobrança de juros”, declarou Londres, ao ser questionado pelo Campo Grande News. Para ele, a filiação de Giroto deve ser encarada apenas como um “fato novo”, significando a volta de um político que “encarnou” tanto o PR, pelo qual se elegeu como deputado federal mais votado do Estado, que resolveu voltar ao partido.

Apesar de a filiação de Giroto, dado o seu grau de fidelidade ao governador André Puccinelli, ser mais um forte indicativo de que o PR vai se aliar ao PMDB em 2014, o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo garantiu que ainda não há nada fechado. “O PR tem sim parceria com o governador André; nós participamos do governo, mas isso não nos dá obrigação de apoiar o PMDB”, declarou o parlamentar.

Londres Machado informou que o PR ainda não conversou com nenhum dos pré-candidatos a governador, apresentados até agora por PT e PMDB. Assegurou, porém, que o PR vai conversar com todos os partidos, com a altivez de quem teve 10% dos votos nas eleições passada. “Não queremos simplesmente votar, bater palmas. Temos gente capaz para integrar coligação”, disse.

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