CPI do Calote se revolta com ofício que tenta "limitar" trabalho da comissão
Os integrantes da CPI do Calote ficaram revoltados com a decisão do procurador geral do município, Luis Carlos Santini, que vai limitar o acesso aos documentos do município e só libera-los com pedidos feitos com 10 dias de antecedência. Os papeis solicitados pela comissão foram devolvidos para as secretarias de origem.
O presidente da CPI, o vereador Paulo Siufi (PMDB), afirmou que este procedimento irá prejudicar e “limitar” o trabalho da comissão. “Vou desconsiderar este ofício até porque é um documento chulo que tem impressão tanto na frente como no verso”, ressaltou ele.
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Já Elizeu Dionísio (PSL), relator da CPI, afirmou que Santini deve se “despir” do seu cargo anterior, que era de presidente do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e saber que agora ele não dita as regras do jogo. “Eu fiz dois ofícios requisitando a documentação, e eles não enviaram, o procurador assim como o prefeito estão mentindo, até porque a CPI está mostrando as falcatruas da prefeitura, como falta de pagamento e empresas fantasmas”, apontou.
Caso – O procurador entregou a CPI um amontoado de documentos originais, em cópias e digital sobre contratos com a prefeitura, no entanto a comissão preferiu não ficar com as “originais” para não haver perda de documentos. Este material ficou na prefeitura e agora Santini irá enviar novamente as secretarias, alegando que esta documentação é necessária para as pastas.
Entretanto os vereadores ressaltam que as cópias dos originais que foram requisitados a prefeitura, nunca foram entregues a CPI. Até hoje, a comissão espera ter acesso aos contratos e pagamentos a todos os prestadores de serviço do município.
Link indisponível – Elizeu também fez duras criticas ao secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur, que está “obstruindo” os trabalhos da CPI e não disponibilizando o técnico para auxiliar os parlamentares no “link” cedido pela prefeitura.
“O link não funciona, precisamos de um técnico, este alega que não pode vir aqui por que o Ben Hur não deixa, a impressão que fica é que ele tem algo a esconder para não ajudar”, ressaltou Dionísio. O relator afirmou que vai encaminhar toda esta situação ao MPE (Ministério Público Estadual).