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Capital

Acusação rebate defesa e diz que "manancial" de indícios são provas

Oldergado chegou a dizer que os defensores, de forma indireta, dão aval e mais força para condenação dos réus

Lucia Morel e Anahi Zurutuza | 19/07/2023 19:17

A réplica comandada pelo promotor Douglas Oldergado teve a tônica de desconstruir os argumentos das defesas de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e de Vladenilson Daniel Olmedo de que não há provas da ligação dos três com a morte de Matheus Coutinho Xavier. Oldergado chegou a dizer que os defensores, de forma indireta, dão aval e mais força para a condenação dos réus.

“Aprendi algo sobre provas que se não desconhecia, pelo menos não me atentava pelas perspectivas lançadas pelas mãos da defesa”, inicia o promotor, explicando ter compreendido que “prova, basta uma e a pessoa já vai pra cadeia, agora indícios, têm que ter um monte e concatenados, levam à condenação”.

O promotor disse então que, levado por esse entendimento, ele fica feliz pelo processo do qual faz parte porque “me vem à luz a fala da defesa de que quando são muitos indícios, eles servem como prova e fico realizado, porque vejo que se o que existe no meu processo são chamados indícios, então tenho muitos e com aval indireto da defesa, tenho mais força para a condenação, porque indícios eu tenho de sobra”.

O promotor Douglas Oldergado. (Foto: Henrique Kawaminami)
O promotor Douglas Oldergado. (Foto: Henrique Kawaminami)

São pouco mais de 15 mil páginas juntadas, desde 2019, sobre o crime e dentro dele, conforme Oldergado, “talvez pela primeira vez tem-se mais provas sobre o mandante do que dos executores”, avalia, falando sobre interceptações telefônicas e telemáticas que ligam, por exemplo, o arsenal que seria de Marcelo Rios em casa no bairro Monte Líbano a Jamilzinho.

“Ele (Rios) não nega o arsenal (...), mas há interceptações telefônicas que mostram eles (Name pai e Name Filho) mandando Marcelo Rios trazer a arma de volta porque Rios colocou essa arma no lugar errado”, cita Oldergado sobre o armamento com o qual Marcelo foi preso em flagrante em maio de 2019. Jamilzinho foi condenado como dono do arsenal em outra ação.

O promotor continua afirmando que os vários indícios apontam que Marcelo e Vlad foram responsáveis por entregar aos pistoleiros a arma e o carro usados no crime e que “esperar uma balística que comprove a arma usada na morte de Matheus é impossível”, e que “não tenho a menor perspectiva de encontrar esse fuzil, ele não ficou pra contar história” porque pode ter sido queimado assim como o veículo. “As coisas devem ser interpretadas dessa maneira”, sustenta.

A acusação, na pessoa de Oldergado, finaliza que os jurados não podem ser cúmplices, “diante de todos esses elementos, indícios, de todo esse manancial coletado pela Polícia Civil, pelo Garras, pelo Gaeco. Não podemos dar as costas para tudo que foi produziu. Tem que dar um basta definitivo à maior milícia armada que existiu e ainda perdura em Mato Grosso do Sul”.

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