Após se livrar de júri, réu por matar estilista é condenado em novo julgamento
Alan Silva foi condenado a 13 anos de reclusão por homicídio qualificado e furto
Após ter sentença de apenas um ano revogada pela Justiça, Alan Silva Santos, de 25 anos, foi condenado, nesta manhã, a 12 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato do estilista Altivane Ramos Borges, de 54 anos. Essa foi a segunda vez que o rapaz esteve no banco dos réus do Tribunal do Júri, mas na primeira, em outubro de 2018, o resultado foi bem diferente: teve o crime desqualificado de homicídio doloso para homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Nesta manhã, de volta ao plenário do Tribunal do Júri, Alan foi ouvido pelos jurados e condenado por homicídio qualificado por asfixia e também pelo crime de furto, já que depois do crime, fugiu com pertences da vítima.
Se anos antes recebeu pena de um ano de reclusão, desta vez, o mesmo período foi estipulado apenas para o crime de furto. Pelo homicídio, o juiz estipulou pena de 12 anos de reclusão, após os jurados considerarem Alan culpado. Somados, são 13 anos e 10 dias-multa pelos crimes.
Durante o julgamento, a defesa, feita pelo defensor público Ronald Calixto Nunes, pediu a absolvição ou a aplicação de legítima defesa. Já o Ministério Público Estadual, por meio do promotor José Arturo Iunes Bobadilla Garcia e dos advogados assistentes de acusação, Ricardo Souza Pereira, Gabriel Salomão de Mattos e Bruno Henrique da Silva Vilhalba, pediram a condenação por homicídio com uso de asfixia e também pelo furto. Foi justamente essa teste considerada pelos jurados.
O crime aconteceu em 4 de setembro de 2016, na Rua Patriarca, na Vila Taquarussu, em Campo Grande. Alan matou o estilista asfixiado durante encontro sexual na casa de Altivane. Os dois trocaram socos e durante a briga, o rapaz deu uma “gravata” na vítima, que morreu. Desde o primeiro depoimento, Alan alega que motivo da discussão foi porque Altivane queria manter relação sexual sem preservativo e que, após aplicar o golpe, deixou a vítima desacordada, acreditando que estava desmaiada. Antes de ir embora, pegou o homem no colo e o colocou sobre a cama.
Saiu da casa no carro da vítima, levando as latinhas de cerveja vazias, utensílios de cozinha e o celular de Altivane. Para a polícia, isso foi feito para despistar a polícia e evitar a identificação dele pelas digitais.
Apesar da condenação, Alan ganhou o direito de recorrer da sentença em liberdade. Para isso, no entanto, deve comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividade.