Instrutores da PM serão ouvidos sobre ação de militar que matou dois
Policial foi interrogado ontem
Três oficiais da PM (Polícia Militar) instrutores do curso de formação serão ouvidos na quinta-feira sobre o caso do policial militar que matou duas pessoas ao tentar impedir o assalto ao Mercado Souza, no bairro Taveirópolis, em Campo Grande, no início deste mês.
De acordo com o delegado Valmir Messias de Moura Fé, os oficiais vão falar sobre técnicas de abordagem, uso da força e em quais circunstâncias deve ser utilizada a arma de fogo.
Um profissional da área de segurança privada também será questionado sobre o mesmo assunto, assim como foi um policial rodoviário federal.
A intenção da Polícia Civil é verificar se o cabo da PM agiu em legítima defesa ou se houve excesso na ação.
Nessa segunda-feira o militar foi interrogado e, segundo o delegado, afirmou que não trabalhava como segurança no mercado, que conhecia os comerciantes do bairro porque mora na região e trabalhava com policiamento comunitário.
Declarou ainda que se identificou como policial e que atirou após Maycon Higor Aquino Paes, 18 anos - o bandido morto - colocar a mão no bolso, dando a entender que pegaria algo. Conforme Moura Fé, o militar falou também que o adolescente apreendido saiu correndo com a arma em punho e ainda virou-se para ele.
Os tiros disparados pelo policial mataram Maycon e também o gerente do mercado Carlos Expedito Ferreira Boccia, 41 anos, conforme mostram as imagens. O adolescente foi ferido por tiros de raspão e declarou que era o primeiro roubo que fazia e com o dinheiro iria comprar maconha.
