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Leiturista e comerciantes são denunciados por fraude em contas de energia

Daniel Ramires foi preso em maio de 2016 com dono de supermercado, e esquema foi descoberto

Por Ana Paula Chuva | 15/10/2025 07:11
Leiturista e comerciantes são denunciados por fraude em contas de energia
Contas de energia e medidor apreendidos na casa de Daniel em 2016 (Foto: Arquivo | Campo Grande News)

Nove anos após a prisão de um leiturista, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denuncia 23 pessoas por fraudes em contas de energia. O crime foi descoberto em maio de 2016, quando Daniel Ramires, terceirizado da Energisa, e Dejailton Galdino dos Santos, dono de um supermercado, foram capturados após investigações.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou 23 pessoas por fraudes em contas de energia, nove anos após a prisão do leiturista Daniel Ramires e do comerciante Dejailton Galdino dos Santos. O esquema, descoberto em 2016, consistia em manipular leituras de medidores em troca de pagamentos que variavam de R$ 50 a R$ 1.000.A fraude, iniciada em 2014, rendeu aproximadamente R$ 8 mil mensais ao leiturista. Das 32 pessoas indiciadas, 14 confessaram participação. O MP propôs Acordo de Não Persecução Penal a onze investigados e solicitou indenização mínima de R$ 20 mil, além de suspensão dos direitos políticos dos envolvidos.

A denúncia foi oferecida pelo MP na terça-feira (14). No documento, o promotor de Justiça George Zarour Cezar relata que a investigação começou após a prisão de Ramires e Dejailton, no dia 12 de maio daquele ano, no Supermercado Dois Irmãos, localizado no Bairro Ramez Tebet. O terceirizado da concessionária de energia teria se “aproveitado da função” para receber dinheiro do dono do estabelecimento e registrar um consumo menor no momento da leitura do medidor.

Durante a investigação, foi revelado que o leiturista estava recebendo valores de outros consumidores para manipular a leitura dos medidores. Ele fez a proposta de fraude para várias pessoas e recebia entre R$ 50 e R$ 1.000, totalizando aproximadamente R$ 8 mil por mês com o esquema.

A fraude começou em 2014 e terminou no dia da prisão do leiturista que foi denunciado por corrupção ativa, passiva e estelionato. Ao todo foram 32 indiciados, sendo que 14 confessaram a participação no esquema. O MP então propôs Acordo de Não Persecução penal a onze dos investigados com obrigações  como prestação pecuniária e serviços comunitários.

Já outras 23 pessoas foram denunciadas e o MP ainda pediu indenização mínima de R$ 20 mil ao erário, suspensão dos direitos políticos e perda de função em caso de servidor público. O processo foi desmembrado em três ações penais e para 18 investigados o caso foi arquivado por falta de provas, mas poderá ser reaberto.

Foram denunciados Adelzo Marcelino, Agnaldo Fagundes Lacerda Lima, André Luiz Lacerda de Alencar, Aparecida Fernandes da Silva, Cícero Andrade Leite, Cleberson Albres da Silva, Cleberson Alves de Almeida, Daniel Ramires, Genivaldo de Andrade Ferreira, José Afonso Wolf, José Raimundo da Silva, José Roberto da Silva, Juliano Victorino, Lucelia Aparecida de Moura Costa, Lucimar Teodoro Mota, Maria Ester Delfin, Maycon Lopes Marques, Paulo César Martins, Reginaldo César Coelho de Almeida, Rosimara Ricaldes de Oliveira, Salustiano Novaes Filho, Vilma Alcantara de Matos Souza e Zeno Ubaldo Barbosa Costa.