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Capital

Médicos querem saída de secretário para aceitar reajuste salarial, diz prefeito

Salário básico dos 961 médicos do município é de R$ 2.516,00 com carga horaria de 12h a 20h por semana

Paulo Nonato de Souza e Yarima Mecchi | 10/05/2017 11:34
O prefeito Marquinhos Trad disse que os médicos querem a demissão do secretário de Saúde (Foto: Marina Pacheco)
O prefeito Marquinhos Trad disse que os médicos querem a demissão do secretário de Saúde (Foto: Marina Pacheco)

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, disse nesta quarta-feira, 10, que os médicos da rede pública de saúde do município estão exigindo a demissão do secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilella, e da sua adjunta, Andressa De Lucca Bento, como condição para aceitar a proposta da prefeitura de reajuste salarial.

Segundo o prefeito, o salário básico dos 961 médicos do município é de R$ 2.516,00 com carga horaria de 12h a 20h por semana, e a prefeitura encaminhou ao SinMed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) uma proposta de aumentar a carga horária para 24h por semana e salário de R$ 6 mil com o corte de bonificações que atualmente elevam os salários para mais de R$ 5 mil.

“O sindicato recusou a nossa proposta e ofereceram uma contraproposta de R$ 4.137,00 sem bonificações, mas sem aumento da carga horaria, e com o pedido de exoneração do secretário de Saúde e da adjunta. Só que não cabe ao sindicato decidir quem será o secretario. Não é um pleito do sindicato decidir quem é o secretario de saúde do município”, declarou Marquinhos Trad, durante o lançamento do projeto Horta Terapêutica na UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família), no bairro Jardim Tarumã.

O secretário Marcelo Vilella disse que na sua gestão a maioria dos funcionários da secretaria não faz parte do sindicato (Foto: Marina Pacheco)
O secretário Marcelo Vilella disse que na sua gestão a maioria dos funcionários da secretaria não faz parte do sindicato (Foto: Marina Pacheco)

Depois de afirmar que não acatará o pedido dos médicos para trocar de secretário, o prefeito disse que buscará saber se a proposta de exoneração é unilateral ou se é uma demanda dos médicos levada ao sindicato.

“Não tenho problema nenhum com médicos, sou sindicalizado e participativo no Conselho. A questão é que antes muita gente do sindicato era coordenador de posto de saúde, ou tinha cargo na secretaria, e hoje a maioria dos funcionários não faz parte do sindicato. Eles não aceitam a equipe que eu montei”, declarou o secretário Marcelo Vilella, que acompanhou o prefeito Marquinhos Trad na agenda desta quarta-feira no Jardim Tarumã.

O secretario não quis falar em retaliação contra ele, apenas ressaltou que confia no trabalho que vem realizando à frente da Secretaria Municipal de Saúde. “Na gestão passada a folha de pagamento da secretaria era de R$ 41 milhões e caiu para R$ 36 milhões, uma redução de R$ 5 milhões, dentro da meta de mais eficiência no atendimento à população”, frisou.

Sobre o que disse o prefeito, o Campo Grande News tentou ouvir o presidente do SinMed, Flávio Freitas Barbosa, mas a informação da assessoria de imprensa do sindicato é de que toda quarta-feira ele atende no presídio de Dois Irmãos do Buriti e seu telefone fica fora do ar. De acordo com o sindicato, ele retornará em tempo para comandar a assembleia geral que às 19h30 decidirá sobre paralisação da categoria.

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