ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Interior

Homem forte do tráfico de cocaína por portos é preso na capital paraguaia

A atividade da Senad com o Ministério Público do Paraguai foi denominada Operação Belia

Nyelder Rodrigues e Helio de Freitas, de Dourados | 09/10/2021 20:31
Na imagem, a filha de Servín e sua esposa, presas em Pedro Juan Caballero; já à direita o próprio Miguel Servín, detido em Assunção (Foto: Reprodução/Senad)
Na imagem, a filha de Servín e sua esposa, presas em Pedro Juan Caballero; já à direita o próprio Miguel Servín, detido em Assunção (Foto: Reprodução/Senad)

Um dos principal nomes do narcotráfico de cocaína entre Paraguai e Brasil, Miguel Ángel Servín foi preso neste sábado (9) na capital paraguaia Assunção em força tarefa conjunta da Senad (Secretaría Nacional Antidrogas) e Ministério Público do país vizinho, após vários anos de trabalho de investigação.

Com a prisão de Servín, a Senad aposta no desmantelamento da organização responsável por enviar cargas enormes de cocaína através de contêineres. Natural de Pedro Juan Caballero, ele vivia na capital paraguaia e era alvo de investigações desde 2010, fugindo desde então das autoridades públicas locais.

"Suas ações criminais estariam conectadas à carga recorde cocaína apreendida em 2020 pela Polícia Nacional, com destino à Israel. A ele se soma ainda supostos contatos permanentes com o PCC no envio de drogas ao Brasil", frisa à Senad em nota publicada em espanhol e traduzida com adaptações ao português pela reportagem.

Miguel Ángel é irmão de Denis Servin, morto em Ponta Porã em agosto deste ano durante uma confusão envolvendo traficantes de drogas, na saída de uma casa noturno da cidade brasileira, localizada a 323 km de Campo Grande.

Além de Miguel, também foram presos com ele sua suposta amante, a brasileira Bruna Regina Martina Morais, de 29 anos, e que supostamente também o ajudaria no cometimento dos ilícitos de narcotráfico internacional através de contêineres.

Equipes da Senad e Ministério Público em ação na casa de Servín, na capital paraguaia (Foto: Divulgação/Senad)
Equipes da Senad e Ministério Público em ação na casa de Servín, na capital paraguaia (Foto: Divulgação/Senad)

O esquema coordenado por Servín começarou em uma loja de celulares, em Pedro Juan, onde ele acabou desenvolvendo e ampliando as atividades até liderar a próprias organização de financiamento, coordenação e supervisão de grandes carregamentos de drogas através do transporte fluvial latente existente no Rio Paraguai.

"Conforme processo investigativo de mais e dois anos de duração, foi precisado que Miguel Álngel Servín Palacios, conhecido como Miguel Celular, havia tido direta participação em diferentes atos preparativos para emissão à Israel de um total de 2,3 toneladas de cocaína pura, nos dias 19 e 20 de 2020", explica a Senad.

No dia 21 do mesmo mês e ano, partiu dele também carga de 575 kg de cocaína encontrada no interior de bolsas que tinham como destino final Portugal, no sul europeu. As situações só reforçaram a culpabilidade do narcotraficante.

Além de Servín e Bruna, a operação também prendeu a esposa dele, Liz Katherine Lailla Villaba, de 45 anos, a filha Marol Lizet Servín Lailla, de 21 anos, e os colaboradores Elvio Maria Chaparro, vulgo Koki, de 20 anos, e Francis Marcelo Rojas Benites, de 41 anos. Todos eles estavam em Pedro Juan Caballero.

Investigações envolvendo o nome do narcotraficante começaram em 2010, e só hoje resultaram em operação contra ele (Foto: Senad/Divulgação)
Investigações envolvendo o nome do narcotraficante começaram em 2010, e só hoje resultaram em operação contra ele (Foto: Senad/Divulgação)
Nos siga no Google Notícias