Saúde, unanimidade que gera queixas de quem não paga e de quem paga
Quase todo mundo tem história triste, ou de revolta, para contar quando o assunto é saúde. É demora no atendimento, dificuldade para marcar consultas e exames, plano de saúde que não autoriza procedimentos, medicamentos de alto custo que o governo não entrega de imediato. E as histórias tristes vêm de todas as classes sociais, a ponto de gerar a máxima de que a melhor saída para procurar tratamento é o Aeroporto Internacional.
Quem não tem essa possibilidade, vira personagem desse cenário, que não é exclusivo dos que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde), mas também inclui quem tem plano de saúde. Considerando que o universo de planos de saúde e do SUS (Sistema Único de Saúde) em Campo Grande é estimado em 800 mil pessoas, população da cidade, é uma realidade que afeta a todos.
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Os cerca de 190 mil clientes de planos de saúde, que paga por qualquer atendimento têm menos problemas, no entanto, quando o assunto é urgência e emergência o que manda não é o dinheiro, e sim a classificação de risco.
O Campo Grande News publica hoje uma série de matérias com quem precisa e com quem cuida da saúde com respostas à pergunta que não cala nesta área: Porque é preciso mais sofrimento para quem já está doente?.
E as respostas para esta questão são várias: pouco dinheiro, epidemia de violência urbana, falta de programas de prevenção a algumas doenças como diabetes, poucos leitos disponíveis, médicos descontentes com repasses, falta de condições de trabalho e ainda falta de comprometimento até de quem busca atendimento.
A reportagem conversou com médicos e gestores da saúde. O que eles falaram pode não ser o que todos nós gostaríamos de ouvir, mas já é um começo para entender como a saúde funciona e o porque muita coisa precisar ser melhorada, e muito.