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Política

Delcídio revela desvio de R$ 45 milhões para campanhas, diz revista

Aline dos Santos | 12/03/2016 09:17
Delcídio relatou superfaturamento em todas etapas da usina Belo Monte. (Foto: Arquivo)
Delcídio relatou superfaturamento em todas etapas da usina Belo Monte. (Foto: Arquivo)

Divulgação de novo trecho da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) revela esquema de desvio de R$ 45 milhões da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, para financiar campanhas eleitorais do PT e PMDB entre 2010 e 2014. De acordo com reportagem da revista “Istoé”, o “propinoduto” foi operado pelos ex-ministros Erenice Guerra (Casa Civil), Antônio Palocci (Fazenda) e Silas Rondeau (Minas e Energia).

Esse é um novo capítulo da delação feita pelo senador. Na semana passada, nos documentos divulgados pela revista, Delcídio disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente Dilma Rousseff (PT) tentaram atrapalhar as investigações da Lava Jato.

A operação investiga esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo políticos e grandes empreiteiras. O senador, que ficou preso por quase três meses, não confirmou a delação.

De acordo com os relatos feitos pelo senador, ex-líder do governo, em todas as etapas do processo houve superfaturamento.

Conforme a reportagem da “Istoé”, entre os procuradores que já tomaram conhecimento da delação de Delcídio há a convicção de que Erenice era a principal operadora do triunvirato, uma vez que antes de assumir o cargo na Casa Civil trabalhou, ao lado de Dilma, no Ministério de Minas e Energia, responsável pelas obras da usina.

Os desvios de recursos do projeto da usina vieram tanto do pacote de obras civis como da compra de equipamentos. No relato, o senador cita o pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, que é amigo de Lula e também está preso.

Segundo Delcídio, houve uma enorme disputa entre fornecedores chineses, patrocinados Bumlai, e fabricantes nacionais.

Esquenta – Ainda sobre dinheiro irregular nas eleições de 2014. Conforme a revista, o senador disse que o atual ministro de Comunicação Social, Edinho Silva, tesoureiro da campanha da presidente Dilma em 2014, trabalhou para “esquentar” recursos provenientes da indústria farmacêutica usando a contabilidade das campanhas para governador e forjando falsas prestações de serviço.

Então candidato a governador de Mato Grosso do Sul, Delcídio foi orientado a usar laboratórios para pagar R$ 1 milhão da sua campanha. Contudo, os pagamentos não foram feitos.

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