Apesar de Tropa de Choque, operários param obra; Governo nega adesão
A greve da construção civil entrou no 6º dia com paralisação da obra do Aquário do Pantanal, na Avenida Afonso Pena. De acordo com o sindicato dos trabalhadores, 80% dos operários cruzaram os braços e as obras seguem paradas apesar de o Governo do Estado negar.
Conforme o presidente do Sintracom (Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário), José Abelha, com a presença do Batalhão de Choque da Polícia Militar, desde as primeiras horas da manhã, todos os funcionários entraram no canteiro de obras, mas não trabalharam.
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“Eles entraram mais pela espécie de acuação da Polícia Militar, o que achamos errado. Mas 80% dos 110 trabalhadores foram direto para o refeitório e a obra está paralisado”, explica Abelha.
No início do expediente, os sindicalistas e representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) usaram faixas e caixas de som para mobilizar os funcionários a se juntarem a outros 10 mil operários que também cruzaram os braços em parte dos 400 canteiros de obra de Campo Grande.
Por meio da assessoria de imprensa, o Governo do Estado negou qualquer tipo de paralisação das obras. Os trabalhos seguem em ritmo normal.
Greve - A greve começou na quarta-feira, dia 23, e hoje à tarde terá nova rodada de negociação no TRT/MS (Tribunal Regional do Trabalho). O sindicato patronal ofereceu reajuste de 6,78%, proposta recusada pelos grevistas. Nesta segunda-feira, a greve segue com mobilizações no Aquário do Pantanal e em obras da Plaenge, Brookfield e MRV.
A greve da construção civil tem a adesão de 10 mil operários em Campo Grande, número que representa 50% dos funcionários que trabalham em 400 obras.