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Capital

Julgamento de réu que matou namorada a tesouradas é adiado

Réu por matar a namorada Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, a golpes de tesoura, Roberson Batista da Silva deveria ser julgado pela 2ª Vara do Tribunal do Crime amanhã

Geisy Garnes | 19/09/2018 19:00
Robinho confessou o crime em audiência Foto: Direto das Ruas)
Robinho confessou o crime em audiência Foto: Direto das Ruas)

O julgamento de Roberson Batista da Silva, de 33 anos, foi novamente adiado. Réu por matar a namorada Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, a golpes de tesoura, ele deveria ser julgado pela 2ª Vara do Tribunal do Crime nesta quinta-feira (20), mas teve o júri cancelado pela segunda vez pela falta de intimação de uma testemunha de defesa.

Inicialmente, o júri deveria acontecer no dia 19 de julho, mas um dias antes foi cancelado a pedido da defesa de Robinho. Para isso, o advogado Ilton Hashimoto alegou falta de intimação de uma testemunha imprescindível ao caso e também uma cirurgia no nariz, a qual foi submetido na semana em que o julgamento aconteceria.

Novo júri foi agendado para o dia 20 de setembro, no entanto, nesta tarde, o juiz Aluízio Pereira dos Santos cancelou o julgamento, acatando mais um vez o pedido da defesa. O motivo, segundo a decisão, é o mesmo que resultou na primeira mudança de data: a ausência de uma das testemunhas.

Na decisão, o juiz lamentou “mais um atraso na realização do julgamento” e reforçou que o comportamento da testemunha está dificultando a intimação e por isso causou o adiamento de duas sessões do Tribunal do Júri.

O juiz detalhou ainda que a testemunha estava presa e no dia 1º de agosto recebeu a liberdade condicional. Para isso, deveria cumprir medidas cautelares como não sair da cidade sem aviso prévio, não mudar de casa e ficar na residência após às 20 horas. No entanto, segundo a defesa de Robinho, a jovem estaria trabalhando em Três Lagoas, descumprindo assim as determinações.

Diante da situação, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri determinou também que a quebra das condições fossem comunicadas ao juiz da 2ª Vara de Execuções Penais, para que providências sobre o caso sejam tomadas pela justiça.

A nova data para o julgamento de Robinho também já foi determinada e deve acontecer no dia 1º de novembro. Ele responde por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio.

Mayara tinha 18 anos quando foi assassinada (Foto: Arquivo pessoal)
Mayara tinha 18 anos quando foi assassinada (Foto: Arquivo pessoal)

O caso - Robinho matou a namorada a golpes de tesoura no dia 15 de setembro de 2017, na casa em que a jovem morava com o irmão, no bairro Universitário. Em audiência na justiça ele confessou o crime e afirmou que assassinou Mayara em um momento de raiva, durante uma discussão.

“Ela falou: você quer saber Robinho, faz tempo que não quero mais você. Não vou parar de fazer programa”. Diante do juiz, Robinho continuou a descrever o diálogo, lembrou que foi chamado de corno e comprado aos clientes da então namorada, e que esse foi o estopim da briga. “Fiquei cego de raiva”.

Foi nesse momento em que ele alega ter partido para cima de Mayara e afirma ter percebido que ela estava com um tesoura na mão. “No impulso bati a cabeça nela, peguei a tesoura e passei no pescoço dela”, relatou.

Após os depoimentos, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, excluiu a terceira qualificadora do crime defendida pelo Ministério Público Estadual, que seria recurso que dificultou a defesa da vítima e mandou o réu pelo júri popular. Robinho ficou foragido por 51 dias e se apresentou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) no dia 6 de novembro e está preso desde então.

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