Com apoio da igreja, professores param aulas e protestam contra reformas
Servidores da educação fazem panfletagem no Jardim Água Boa em mais um dia de protesto contra reformas da Previdência e trabalhista
Professores e servidores administrativos de escolas públicas de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, aproveitaram a posição da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) contra a reforma da Previdência e se uniram à igreja católica nos protestos pela derrubada do projeto na Câmara dos Deputados.
Sem aula hoje na maioria das escolas das redes estadual e municipal de ensino da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, os servidores fazem panfletagem contra as reformas da Previdência e trabalhista no Jardim Água Boa. A concentração acontece em frente à igreja São João Batista, na Rua Bela Vista.
“Pela retirada de pauta já! Não aceitamos emendas”, é o mote do protesto desta sexta-feira. Apesar da adesão da maioria dos educadores, algumas escolas têm aula normalmente hoje, como a Presidente Vargas, a maior e mais tradicional da cidade.
Há duas semanas, as 45 escolas municipais e 22 estaduais da cidade ficaram três dias sem aula durante mobilização nacional em protesto contra as medidas do governo Michel Temer.
Os manifestantes chegaram a acampar em frente ao escritório político do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), para tentar convencê-lo a votar contra o projeto. O político afirmou ser contra a proposta da forma que foi enviada à Câmara – principalmente o tempo de 49 anos de contribuição – mas defendeu a necessidade da reforma.
Além da reforma da Previdência, os educadores protestam contra a terceirização e a reforma do ensino médio e trabalhista.