Criança de 8 anos diz que vendia e usava drogas a mando dos pais
Uma criança de 8 anos foi encontrada com dois papelotes de drogas, um de maconha e outro de pasta base de cocaína, na noite de sexta-feira (19) em Sidrolândia, município distante 64 quilômetros da capital. Ele disse que era orientado pelo padrasto a vender drogas e, inclusive, estaria viciado em usar entorpecentes.
Segundo informações do boletim de ocorrência, os policiais faziam rondas na cidade e, por volta das 23h, na Avenida Dorvalino dos Santos, viu duas pessoas andando em bicicletas na contramão da via. Uma delas, ao avistar a viatura, fugiu, deixando a criança para trás.
Os policiais a abordaram e constataram que era um menino de 8 anos. Ele estava com as drogas e um simulacro de metralhadora. Ainda conforme o registro policial, o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar a ocorrência.
A criança relatou ao Conselho Tutelar e à PM que o padrasto estava na outra bicicleta e, antes de fugir, colocou os entorpecentes na roupa dela. O menino disse também que, antes da abordagem, o padrasto e a mãe estavam vendendo drogas e cobrando dívidas de usuários na região.
De acordo com o boletim de ocorrência, a criança contou que o padrasto a mandava vender cada papelote por R$ 10 e que a mãe mandava os dois comercializarem os entorpecentes em casa, durante o dia e de madrugada, com uma promessa de receber R$ 100 por dia.
O menino ainda relata, conforme o registro da polícia, que a mãe e o padrasto o viciaram em maconha. Já o padrasto, de 34 anos, foi encontrado algum tempo depois e autuado em flagrante por tráfico de drogas.
A polícia encontrou com ele uma embalagem plástica semelhante a que estava com a criança, porém estava vazia. Havia também em um cano da bicicleta dele, uma faca com aproximadamente 15 centímetros de cabo preto.
Na casa do padrasto foram apreendidos mais três papelotes de maconha e materiais para o preparo de entorpecentes para venda, além de embalagens e possível objeto de furto.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a delegacia da Polícia Civil de Sidrolândia, e segundo informações, o delegado Carlos Eduardo Trevelin Millan, está em diligências na cidade para obter mais informações sobre o caso. O garoto foi acolhido pelo Conselho Tutelar.
