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Cidades

População quer 14 de julho sem poluição visual e fios

Redação | 14/07/2010 11:29

Panorama limpo e sem poluição visual, este é o objetivo da "Lei Cidade Limpa", que faz parte do projeto enviado pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB) à Câmara de Vereadores ontem. Entre comerciantes e moradores, a idéia empolgou.

"A limpeza visual aqui daria um aspecto de organização. Somos a Capital do Estado, não podemos ter estas gambiarras elétricas", cita a empresária Bethania Almeida, que mora em Campo Grande há pouco tempo e não se acostumou com a visão congestionada.

A vendedora Lúcia Prestes de Souza também concorda com a nova configuração visual do Centro: "Tem de melhorar este trecho, fica parecendo com a 25 de março (conhecida rua de comércio de São Paulo). A Capital ficará mais bonita, com certeza, mais valorizada", ressalta.

No ano passado, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) esteve em Campo Grande onde fez uma palestra sobre o Cidade Limpa, aplicado na capital paulistana. Ele explicou que o principal desafio para a implantação da proposta em São Paulo foi convencer a opinião pública.

Kassab destacou que o sucesso obtido com o projeto Cidade Limpa deu força para que a prefeitura investisse recursos em mais projetos de despoluição, não só visual, como do ar e da água.

Membro da diretoria da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) e integrante do CMDU, Luiz Afonso Assumpção disse que o projeto, desenvolvido junto com o Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), é discutido há alguns anos e a Associação levou a todos seus associados.

"Levamos todas as propostas e também fomos ouvidos. Acredito que o pessoal do comércio e a comunidade do centro serão bem atendidos", explica.

Assumpção disse ainda que está sendo estudado alguns incentivos para os comerciantes se adequarem as novas normas, que também incluem uma padronização e revitalização das fachadas, como descontos no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). "O comerciante terá de fazer várias obras, já que tem um ano para legalizar as fachadas. Essa seria uma maneira de incentivar e colaborar", comenta.

A gerente da Maube Jóias, Eva Pereira, que fica na rua 14 de julho, concorda com a limpeza e que a poluição visual confunde o consumidor. "Desse jeito atrapalha um pouco, faz com que não exista uma identidade", revela. Ela também disse que a loja não tem problemas em se adequar a nova proposta.

Para a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), todo o projeto ainda precisa ser analisado e que ainda estão em discussões preliminares. "Depende de como vai ser feito, vamos aguardar a maneira como ele será votado pelos vereadores", disse o presidente da CDL, Ricardo Kuninari.

A maneira como será votado ainda passa por várias discussões na Câmara dos Vereadores, inclusive com reuniões marcadas para a tarde de hoje. Mas, a mudança, se depender de quem passa todos os dias pela rua, como o empresário Edil Almeida, irá acontecer. "Esse corredor fica muito feio, com muitos fios e banners. Limpar o campo visual ficaria bom", finaliza.

O foco da limpeza é o quadrilátero central, ao longo da rua 14 de julho, avenida Fernando Corrêa da Costa, Ernesto Geisel e imediações. Baseado em projeto aplicado com sucesso em São Paulo, o "Cidade Limpa" vem sendo discutido há um ano com os segmentos interessados, através do CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano).

Centro nervoso da Capital, a esquina da rua 14 de julho com a avenida Afonso Pena, tem vários outdoors e faixas, além de vários fios elétricos e telefônicos ao redor. Com a revitalização, toda a área será limpa e os fios serão subterrâneos.

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