ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Política

Bernal “chantageia” empresário para rescindir contrato em troca de dívida

Leonardo Rocha e Jéssica Benitez | 23/07/2013 11:26
Empresário expôs "chantagem" do prefeito durante reunião da CPI do Calote (Foto: Cleber Gellio)
Empresário expôs "chantagem" do prefeito durante reunião da CPI do Calote (Foto: Cleber Gellio)

O proprietário da empresa MDR, Mamed Dib, declarou durante depoimento a CPI do Calote que o prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou que só pagaria a dívida de R$ 415 mil à empresa, se ele aceitasse rescindir o contrato, que havia sido estendido até janeiro de 2014.

A empresa MDR era responsável pela distribuição de alimentos “secos” aos Ceinfs (Centro de Educação Infantil) CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) e abrigos a idosos. Ela tem contrato com a prefeitura desde 2011 e este foi estendido em janeiro de 2013 por mais um ano.

Mamed destacou que assim que o prefeito venceu as eleições, ele o procurou para discutir o contrato, mas só foi atendido 98 dias depois. “Desde o início a relação não foi legal, no dia 29 de janeiro enviei um pedido a prefeitura para que ela requisitasse os alimentos, já que as aulas iriam começar, mas não obtivemos resposta”, destacou ele.

Segundo o empresário, ao invés de requisitar o alimento, o prefeito preferia colocar a culpa no fornecedor, dizendo que este estava atrasando a entrega e que os produtos não eram de qualidade. “Enviei no dia 3 de abril, uma caixa de alimentos ao secretário Ricardo Ballock (Administração) para comprovar a qualidade”.

Ele explicou que ficou os três primeiros meses sem receber, o que gerou uma dívida de R$ 550 mil, porém esta foi paga pela prefeitura. “Fiquei com 40 funcionários com salários atrasados, e fornecedores requisitando pagamento, um transtorno gerado pela prefeitura”, destacou.

Proposta – Mamed destacou que no dia 1 de maio o prefeito o chamou em seu gabinete e pediu para que ele assinasse oito documentos, entre eles a rescisão do contrato, e que caso não aceitasse, a prefeitura não pagaria a dívida com a empresa. “Eu não li todos os documentos, mas aceitei porque queria receber”, afirmou ele.

O vereador Elizeu Dionísio (PSL), relator da CPI, afirmou que irá requisitar a prefeitura a cópia dos documentos que foram assinados pelo empresário. A MDR não recebeu pagamento em abril e maio, o que gerou uma dívida de R$ 415 mil. “Queremos receber o que ele nos deve, esperamos que a CPI possa resolver o caso”, afirmou Mamed.

Nos siga no Google Notícias