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Capital

PF vai abrir inquérito para apurar se houve discriminação em caso de agressão nas Americanas

Paula Maciulevicius | 12/07/2011 18:14

Câmara pede também que a partir de agora, vigilantes devem ser submetidos a cursos específicos de direitos humanos

A Polícia Federal vai abrir inquérito para apurar se houve prática de discriminação racial em caso de agressão nas Americanas, ocorrida contra Márcio Antonio de Souza, 23 anos, no dia 23 de abril.

A denúncia será apurada para saber se houve discriminação pela vítima ser negra e por conta da abordagem do segurança da loja, Décio Garcia de Souza, que considerou Márcio suspeito de ter furtado dois ovos de páscoa.

Na tarde de ontem, a Câmara de Vereadores entregou um relatório à Superintendência Regional da Polícia Federal com a síntese dos fatos, desde a denúncia de Márcio às investigações abertas pela Polícia Civil, a repercussão na sociedade e os esclarecimentos públicos solicitados pelo Legislativo às partes envolvidas.

Além da investigação por conta da Polícia Federal, a Câmara conseguiu junto ao órgão que os agentes de segurança privada, a partir de agora, devem ser submetidos a cursos específicos de direitos humanos.

Para os vereadores o contato com a autoridade federal foi proveitoso e os primeiros resultados alimentam a expectativa de esclarecimento total do caso, assim como das responsabilidades, até porque a empresa se recusou a pagar pelos ferimentos provocados com a agressão.

Membro da Conen (Coordenação Nacional do Movimento Negro no Centro-Oeste), Edmir Abelha Moraes, acompanhou a entrega do relatório e destacou a dimensão humanista que a sociedade espera das instituições.

“Não se justifica agredir por suspeição. E a pessoa agredida é negra. É preciso apurar o que houve e a Câmara Municipal está de parabéns pela forma corajosa com que vem tratando esta questão”, afirmou.

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