Busca

Cerca de 200 pecuaristas de Mato Grosso do Sul se encontram na próxima segunda-feira (3) para discutir o rumo do setor produtivo no Estado, depois do impacto causado pela operação Carne Fraca, da Polícia Federal, realizada no dia 17 de março, com foco nos gigantes do setor de frigoríficos.

A partir de denúncias, há dois anos foram iniciadas investigações em frigoríficos de carnes (bovina, aves e suína).

Seis frigoríficos foram fechados no país, sendo quatro no Paraná, uma em Santa Catarina e outra em Goiás.

A enquete da semana perguntou se o internauta do Campo Grande News está com medo de consumir carne.

Ao todo, 21 frigoríficos são investigados na operação.

Após as restrições, o Governo Federal deu início a uma força-tarefa para convencer os importadores de que não há riscos nos produtos, exceto dos frigoríficos investigados.

A operação “Carne Fraca”, realizada em 17 de março, mirou gigantes do setor de frigoríficos e investigou maquiagem de produtos, com venda de carne fora do prazo de validade.

O país havia suspenso as compras após os efeitos negativos da operação Carne Fraca da Polícia Federal, que apurou irregularidades pontuais em alguns frigoríficos do Paraná, Minas Gerais e Goiás.

Bonança para outros – Enquanto isso, quem tem faturado são os açougues que trabalham com carne ‘fresca’ de frigoríficos menores.

Os três frigoríficos estão entre as 21 marcas investigadas na Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (17) para apurar suspeitas de irregularidades na produção de carne processada e derivados, bem como na fiscalização do setor.

Tanto a Figueira quanto a Bezerro de Ouro utilizam carne da Naturafrig (antiga Navi Carnes), frigorífico localizado em Rochedo - distante 74 km de Campo Grande.

Na casa de carne Buriti, localizada na Avenida Mascarenhas de Moraes, no Monte Castelo, o gerente Felipe de Jesus conta que tem frigorífico próprio, em Aquidauana.

Alguns dos principais supermercados de Campo Grande estão fazendo promoções e dão desconto de até 30% nas carnes produzidas nos frigoríficos investigados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, desencadeada na semana passada.

A maior preocupação do setor é saber como o preço deve ficar quando os frigoríficos voltarem a operar.

Os frigoríficos que exportam carne bovina são os mesmos que esfolam o produtor com preços baixos na hora do abate.

Já a União Europeia e outros três países optaram por embargar apenas as compras dos 21 frigoríficos alvos da Operação Carne Fraca, neste caso estão incluídas unidades apenas em Goiás, Paraná e Santa Catarina.

A principal consequência da Operação Carne Fraca, feita pela PF (Polícia Federal) semana passada, para o mercado da pecuária em Mato Grosso do Sul foi a suspensão de abates, causada pela recusa de países em importar carne brasileira.

Documento do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) revela que o órgão tinha indícios da existência de um esquema de fraude na fiscalização de frigoríficos no Paraná desde outubro de 2015, um ano e cinco meses antes de a Polícia Federal deflagrar a Operação Carne Fraca.

Os produtos são de lotes vindos de frigoríficos investigados na operação “Carne fraca”, da Polícia Federal, realizada na semana passada.

A embaixada do Japão no Brasil informou ontem também que o país interrompeu a importação de carne produzida nos 21 frigoríficos que são alvo da Operação Carne Fraca.